terça-feira, 31 de agosto de 2010

No sítio busquei o brilho das coisas mais simples ...

Cheguei no sítio um tanto quanto cansada. Estrada de terra é bom para nos tirar da rotina, mas não há conforto em carros que amenizem as sacudidelas. Tomei bastante água, almocei, descansei numa rede debaixo de um pé de manga sapatinho e depois voltei a fotografar.
O tempo seco tem maltratado as plantas  por ali, então procurei encontrar beleza na singularidade de algumas vitoriosas espécies diante do sol e da seca. 

FRUTOS E SEMENTES


Ameixa amarela, docinha, me levou de volta aos tempos de criança!!!

Amora, quase madura, em tamanho maior do que o natural.

Laranjas maduras já no final da safra de 2010.

 
Cacho do coco licuri, é docinho e muito apreciado por papagaios, maritacas e perequitos.


Bananeira com cacho em formação. O umbigo pode ser preparado em forma de refogado com carne moída. é uma delícia! Mas precisa saber tirar o amargo antes de cozinhá-lo.


Pé de manga ( mangueira)
Cacho de flores da mangueira.
Fruto da mangueira ainda verde.

Pêssegos ainda verdes.

Pêssegos, já com aspecto aveludado. 


Fruto do urucum.


Fruto do urucum, utilizado para fazer o famoso coloral, bastante usado na culinária brasileira.

Cana -de- açúcar

Fruto de um cipó, bastante consumido pelos pássaros.


Pé de jiló. Nasceu solitário no pomar e permaneceu anão.Deu um fruto em tamanho normal. Coisas da natureza!!!


Café. Um produto que não pode faltar na mesa dos mineiros. Ele acompanha ou é acompanhado pelo pão de queijo. Nessa foto temos um cacho com grãos verdes, outros amadurecendo, alguns maduros e até uns secos! Que maravilha!!! Pena que poucos conseguem perceber as dádivas da natureza.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Final de semana no sítio do Vovô Chico, é só alegria!!!

PÉ NA ESTRADA ...



De Belo Horizonte a Santa Luzia, rumo a uma estrada de terra que leva a cidade de Taquaraçu de Minas e de lá até a cidade de Nova União, onde fica o arraial dos Melo e o sítio do vovô na estradinha principal.


No caminho, a poeira vermelha atolando os pneus e colorindo a vegetação a beira da estrada parece ter combinado com o azul do céu, dar um chá de espera ao caboclo ansioso por algumas gotas de chuva no sertão.





Há vários meses sem chuvas, o verde do cerrado ficou cinza, combinando muito bem com a elegância  e o azulado de nossas serras.





Solitária por determinação do homem e resistente por ordem da mãe natureza, encanta ao viajante que passa pela estrada do engenho e na volta do dia serve de guarda-sol para um rebanho qualquer.


Casa de caboclo na beira da estrada.


Ipê- roxo. Sobrevive e floresce em meio ao cerrado.


Estrada principal, margeada por plantações de eucaliptos, nas proximidades do nosso destino.



Corrégo da  Porteira Preta, na ponte da Fazenda do Muro de Pedras.






















Muro feito por escravos e casa da Fazenda Muro de Pedras.


Chegando no sítio do Vovô. Observe os belos pés de "coquinho babão". Aguarde cenas do próximo capítulo ....

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A caminho do Quilombo da Chacrinha


Quem desce ao volante a serra para Belo Vale,  há de ter muita cautela e paciência com suas curvas e abismos. 
Mas os caronas podem se deleitar com as belíssimas  cachoeiras que brotam das encostas.

Com o verde do vale e suas plantações de mexerica ponkan.
Ao entrar na cidade logo se depara com o rio Paraopeba e suas águas coloridas pelo de minério de ferro. 
Seguindo uma estradinha de terra, que qualquer morador local pode indicar, chega-se ao Quilombo da Chacrinha.
Inevitável o susto! Ao atravessar a ponte sobre o rio que aparece imediatamente após uma curva.
Ruínas existentes no quilombo, provalvemente do século XVIII.
Habitação típica do local.
Parede de tijolos de adobe, do século XIX.


O Quilombo da Chacrinha fica no município de Belo Vale. É uma comunidade de gente simples e muito agradável.
Descendentes de escravos africanos, quase todos que moram lá são parentes . Construíram suas casas em meio a hortas, jardins e criam alguns animais para o consumo dos moradores.
A matriarca do lugar possui em torno de 90 anos, mas não gosta de revelar sua idade. É muito lúcida e faz todo o serviço de sua casa. Recebeu-nos como manda o figurino mineiro: com  café que ela mesmo  moeu na hora e várias qualidades de biscoito de polvilho também feitos por ela. Sabe contar toda a história do lugar e se emociona quando lembra dos seus antepassados.
As ruínas para a comunidade  são sagradas. Eles tem uma tradição de rezar e cantar antes de adentrarem o lugar. Quem entra primeiro são as rezadeiras e depois os que seguem a visitação tem que manter o devido respeito.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A pedra-sabão

Panelas de pedra-sabão, já curadas.

.       Miniatura de pato, peixe e cachorro.

Porta-jóias

Miniatura de fogão a lenha.

Porta-jóias.

Existente em abundância em algumas regiões de Minas, a pedra-sabão é utilizada para a fabricação de vários objetos ornamentais e panelas.
Os objetos variam desde pequenos enfeites até gigantescos chafarizes. Na época colonial, era muito usada em portais de igrejas e casas mais abastadas, para fazer imagens, estátuas e brasões. Hoje, a maior parte desses objetos são para a venda a turistas que visitam as cidades históricas do século XVIII. Ouro Preto é um pólo produtor e comercial desses artefatos.
As panelas também, desde o século XVIII, são utilizadas para se preparar alimentos diversos. Mas, quem cozinha com elas, de preferência em fogão a lenha, tem que ficar atento ao momento de retirá-la do fogão, por dois motivos: primeiro porque se colocar a panela quente em lugar frio ela vai trincar e ficar sem utilidade, segundo  pelo fato de que se deixá-la próxima ao fogo os alimentos continuaram cozinhando. Ela retém muito calor.
Ah! Uma panela virgem, tem que ser curada com bastante óleo ao Sol, até ficar com cor escura. A cor é o sinal de que está pronta para ser usada.

      
 Feira de artesanato em pedra-sabão, Ouro Preto, Minas Gerais