quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Parque Fazenda Lagoa do Nado

Esta é a lagoa que empresta o nome ao parque.

Antiga casa da fazenda, usada como sede administrativa e espaço cultural. 

Uma das várias esculturas espalhadas pelos jardins do parque. Observem os detalhes humanos e urbanos na mesma peça.
  
Córrego por onde é liberada a água da lagoa.

 Localizado na região norte de Belo Horizonte, entre os bairros Planalto e Itapuã, o Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado foi implantado em 1994. Com uma infraestrutura composta por biblioteca, sala multimeios, teatro de bolso, teatro de arena, quadras poliesportivas, campo de futebol, pista para caminhadas e viveiro de mudas, o parque realiza diversas atividades de educação ambiental, cultura e esporte com o apoio da Fundação Municipal de Cultura e da Secretaria Municipal de Esportes.  
 Sua vegetação é composta por espécies do Cerrado e por uma Mata Ciliar que circunda uma lagoa de 22 mil metros quadrados, formada pelo represamento de três nascentes. O córrego do Nado é um afluente do córrego Vilarinho, que deságua no ribeirão do Onça, unindo-se ao rio das Velhas, integrante da bacia do rio São Francisco.
 No final do século XIX, uma intensa movimentação de tropeiros e mercadores originários da Bahia e do Norte de Minas utilizavam o distrito de Venda Nova como entreposto comercial em suas rotas rumo ao Curral Del Rey ( atual Belo Horizonte ), Sabará e Rio de Janeiro.
 Aproveitando a parada, descansavam, lavavam suas roupas e banhavam-se às margens de um riacho de águas límpidas da redondeza. A ele deram o nome de córrego do Nado. 
A área hoje ocupada pelo Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado era, até na década de 60, uma parte da Fazenda Engenho Córrego do Nado, de propriedade da família do ex-prefeito de BH, Américo René Giannetti. Nesta época, o uso da área era restrito à família e aos seus amigos.
 Com a ocupação dos bairros e a chegada da urbanização na década de 60, a Fazendinha Janete, como era chamada localmente, foi caindo no abandono até que, no início dos anos 70, crianças e jovens da região começaram a utilizá-la como área para recreação.
Fonte de consulta: Portalpbh

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O rastro de cada um



Tenho dificuldades para definir meus rastros psicológicos neste momento. É um misto de indignação, tristeza, pena, uma vontade de poder dar um stop para o carnaval que reúne multidões nos apertados centros históricos,  um querer estender a mão solidária para orientar melhor a juventude...  
Milhares de "foliões" tomaram posse das ladeiras de Ouro Preto durante o Carnaval. Sempre foi assim. Há décadas o Carnaval da cidade é considerado um dos melhores do país. Se não pela tradição cultural, pela divulgação na mídia e no universo virtual. Assistimos a cada ano a multiplicação desses foliões que se misturam à população local.
Há quem se limite simplesmente à diversão, mas outros tantos com pretensões diversas ao cair na na folia perdem a noção dos limites adquiridos no berço e ou no banco da escola. Esquecem de coisas simples como o respeito à diversidade cultural e aos monumentos históricos. Assim, nos dias de folia vão subindo e descendo ladeira sem se preocuparem com a qualidade dos rastros que irão deixar. E a depredação vai acontecendo ... algumas permanecem ocultas, outras por si se escandalizam, como é o caso da cruz da Ponte da Barra.
É difícil perceber o que representa uma cruz antiga esculpida em pedra na estrutura de uma ponte do século XIX no imaginário de mentes tão diversas. Há quem passe por ela e observe, há quem passe e não a veja, há quem a entenda como um símbolo de fé e outros que a valorize como um objeto qualquer...
Fácil é compreender a falta de informação para a necessidade de preservação do patrimônio público e cultural. Na certa, o impulso rumo ao eu posso, eu faço, eu me destaco .... 
Quanto à cruz, um monumento construído por volta de 1806 e tombado desde 1950, pela utilidade pública ao longo desses mais de 200 anos, merece justiça!
Vamos ver se ela virá ...

REPORTAGEM SOBRE O ASSUNTO
http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/02/iphan-vai-propor-acao-contra-turistas-que-quebraram-cruz-em-ouro-preto.html


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http://odiariodeanabelajb.blogspot.com/2012/02/hoje-estou-pensando-com-os-meus-botoes.html

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Quanto vale uma laranja podre?

 Uma laranja podre estraga as outras !




Mais que um pensamento,  é um ditado popular que ouço desde menina. Primeiro tentei entender a frase em seu sentido literal, aos poucos fui compreendendo as espertezas da vida e hoje estou meditando sobre o peso dessa verdade na vida das pessoas. 

Afinal, quem nunca encontrou uma laranja podre  no caminho? Ela faz seu estrago e quando a descobrimos já causou muitas contaminações.  

Como o moderno se apropria cada vez mais dos espaços antigos!


Se não fossem os poucos gestos favoráveis à preservação dos espaços outrora erguidos pelo homem, diria que essa apropriação é natural.
Mas hoje, quis imaginar essa rua da histórica São João Del Rei, que por obra da minha falha na memoria o nome esqueci, sem as dezenas de necessárias tralhas modernas poluindo minha visão.
Começo pelas placas de sinalização do transito, passo pelos toldos e placas nas portas das lojas, vejo as pichações, um arranha-céu desajeitado impedindo a visão do horizonte, a iluminação externa dos casarões, os automóveis e motos estacionados, a linha amarela que demarca a pista, e termino, com a minha artificial contribuição digital ...